Pacto

Quando a distância aumentar
Não fiques triste!
Saibas que você é
Uma fração de mim
Uma gota no oceano da humanidade!
Que sua unicidade
É metade de nossa dualidade
Herdaste parte do meu melhor
E algo do meu pior também
Do tempo que compartilhamos juntos
As horas, minutos, segundos...
Quando sentires saudades de mim
Olhes no espelho e verás!
E se adentrares
Mais intimamente em ti mesma
Verás que compartilhamos frações
De uma alma grandiosa e eterna
Então saberás que eu não morrerei jamais
Pois estarei para sempre dentro de ti

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"As pequenas e ingênuas criaturas
Nem sonham a esta altura
O muito que seu progenitor fez
Muitas coisas boas, razoáveis e inimagináveis
Em seu imenso mundo lúdico, imaginam-no
Como um super-herói inatingível!
E talvez ou seja...
Visto que se esforça, o máximo,
Para afastar e retardar a maturidade
Que fatidicamente chegará
Sem sobreaviso, cheia de ímpeto!"

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“Todas elas!
Tão cheia de sonhos
Uma, mais que a outra...
Quanto mais se envelhece
Mais diminuem os sonhos
No entanto, eles não devem
Desaparecer jamais!
Sejam eles impossíveis ou incríveis
Pois entre tantos sonhos
Existem aqueles de fato realizáveis
Porque o não sonhar
Dá-lhe motivos pra chorar
Sem alento de poder existir,
Sorrir e cantar!”

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“Eu me transformei
Mais uma vez!
Era um, me tornei dois
E não contente virei três
Eram todas minha herdades
E na verdade
Minhas caras metade!”

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Artes

Flávia gosta de artes
Faz estripulias na rua
Em casa pula escadas
Como quem salta arco-íris
Mas também pinta lindos desenhos
As tintas coloridas se espalham pelo papel branco
Como quem pinta a vida com sua pura inocência!
São belos desenhos. Todos abstratos!
Extrato de um retrato de uma linda aura!

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“Flávia.com
Flagrâncias de inocências
Quer fugir pro mundo
Mas o mundo é imenso
Então se acolhe e encolhe
Nos braços da mãe
Flávia
Franzina e esperta
Não tenha pressa,
Porque a hora é certa
E quando ela chegar
Você saberá”

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“Heloisa quer uma sandália
Sandália de borboletas
Pra poder saltar e voar
Por entre os campos
Sandálias de borboleta, roxas
Da cor de rosas
Heloisa é um bebê
E seu único dever
E crer
Na felicidade
De se ser
Inocente e nada mais”

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“A pessoa mais fantástica que conheci
Fitou-me com os olhos entre abertos
Ofuscada pela claridade da luz
Mas eram olhos sinceros
E que demonstravam segurança em mim
De uma inocência toda pura e casual
Causando em mim uma alegria fora do normal
Esta criatura não tinha vicio algum
Nem tinha intentos, nem tramas
Queria apenas a vida
E o calor de meus braços
Este ser segue comigo até hoje
Não tão pura, nem tão sincera
Como no principio
Mas ainda assim traz nos olhos
Aquela segurança em mim
E é o que me faz
O que me traz
Firme e conciso
De tudo que preciso”

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“Certo dia o paraíso veio até mim
Em formas de pequenas e lindas criaturas
Tinham a voz melodiosa como de anjos
E me chamavam ternamente de pai”

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